Luzes LED: A evolução do LED até à iluminação quotidiana

Hoje em dia, as luzes LED - Light-Emiting Diode, ou Díodo Emissor de Luz - podem ser encontradas numa infindável lista de utilizações: desde a iluminação geral, passando por semáforos e letreiros luminosos até à luz de presença de equipamentos eletrónicos.

As lâmpadas LED revolucionaram o mundo da iluminação: as tecnologias de iluminação mais antigas, como as lâmpadas incandescentes e fluorescentes, perderam o seu espaço, tendo até sido proibidas na União Europeia. Mas nem sempre a importância tecnologia LED foi reconhecida.

Conheça a evolução desta tecnologia que continua a revolucionar a iluminação quotidiana.

As primeiras descobertas

Em 1907, o engenheiro Henry J. Round descobriu o fenómeno da eletroluminescência enquanto trabalhava com cristais de carboneto de silício. A eletroluminescência é uma característica de alguns materiais semicondutores que emitem luz como resposta à sua exposição a uma corrente ou a um campo elétrico.

Vinte anos depois, o inventor russo Oleg Losev baseou-se nas descobertas prévias sobre eletroluminescência e criou o primeiro LED. Nessa altura, apesar de a notícia se ter difundido pelos meios de comunicação científica europeus, não foi dada importância à invenção por não se considerar que esta tivesse qualquer utilidade prática.

Os primeiros díodos com emissão de luz visível

Durante as décadas seguintes à invenção de Losev, foram concretizadas muitas descobertas com semicondutores, sendo a de Rubin Braunstein uma das mais relevantes: díodos que emitem luz infravermelha quando lhes era aplicada corrente elétrica.

Mas apenas em 1962 foi dado o primeiro passo em direção à utilização quotidiana do LED. Nick Holonyak Jr., então cientista da General Electric, criou o primeiro LED que emitia luz visível, de cor vermelha. Esta criação, ainda que inicialmente dispendiosa, foi absorvida pela indústria, que passou a aplicá-la em equipamentos eletrónicos.

M. George Craford e a sua equipa desenvolveram, na década seguinte, LEDs mais brilhantes de cor amarela e laranja. Em 1972, Herbert Paul Maruska e W. C. Rhines desenvolveram os primeiros LEDs azuis que, embora não muito eficientes, representam um passo crucial para a criação de LEDs brancos.

LED azul eficiente - a origem do LED na iluminação

Em 1994 Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura inventaram o primeiro LED azul eficiente, o que mais tarde, em 2014, lhes valeu-lhes o Prémio Nobel da Física. Esta descoberta possibilitou, finalmente, a criação de um LED de cor branca, que viria a ser utilizado na iluminação geral.

No início da década de 2000 foram desenvolvidos os LEDs brancos de alta eficiência, que, gradualmente, começaram a substituir as lâmpadas tradicionais.

A popularização das lâmpadas LED deveu-se essencialmente ao seu menor consumo - apenas uma parte muito reduzida da energia é emitida em forma de calor, o que não acontecia com as lâmpadas incandescentes ou fluorescentes.

A iluminação LED continua a ser fruto de inovações constantes, que têm melhorado a sua eficácia e a qualidade luminosa, e de integração com outras tecnologias que pretendem otimizar a sua utilização.